Onde TUDO parece importar, NADA importa mais que o medo.
Cheguei aos 43 anos e ao aprendizado (piegas, sem dúvida) de que devemos priorizar o que realmente importa.
Mas o que importa, afinal?
Anos de terapia e pancadas da vida me mostraram que o MEDO é o nosso maior desafio.
Medo de envelhecer.
Medo de ficar doente.
Medo de ficar sem trabalho.
Medo de perder…
Medo…
Enquanto estivermos paralisados (especialmente nesta época esquizofrênica de pandemia “infinita”) pelo medo do “futuro”, deixamos de viver a NOSSA VIDA.
Vejo, por exemplo, pacientes em frente ao noticiário massacrante e tendencioso, que – com medo – demoram a procurar ajuda para seus problemas de saúde, agravando demais sua condição.
“Estou morrendo de dor, é ‘seguro’ ir ao médico…?”
Viver é intrinsecamente perigoso…!
Entretanto, o medo não pode paralisar nossas vidas; mas não se engane: “alguém” (inclusive médico) vai fazer de tudo para ter sua autonomia sob controle, sob os mais diversos interesses.
Assim, preocupados com o mundo externo, deixamos à deriva o que está dentro da nossa pequena esfera de controle.
“Nossa pequena esfera de controle”: ISTO é o que realmente importa.
De resto a vida segue, imponderável…!
P.S.: Se alguém quiser uma previsão minha sobre o “futuro”, vai um palpite: a continuarmos correndo atrás das doenças sem nos determos à saúde, não teremos futuro nenhum (mas para isso precisamos ter a cabeça no presente…).
Dr. Marcos Claudio Radtke
